Assista na plataforma É Tudo Verdade Play (link direto aqui)
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL DE LONGAS
"Uma nação que não conhece o seu passado, tem um presente maçante e um futuro envolto em neblina"
Tantura era uma vila de pescadores árabes, localizada na costa da Palestina, e para os que não sabem, a Palestina era considerada "Terra Santa" para os árabes durante o Império Otomano. Judeus migraram em massa para o local criando o Estado de Israel em 1948. Desde 1947, quando a ONU votou para dividir a Palestina, um lado para os judeus e outro para os árabes, o Conselho do Povo judeu acatou a decisão, já a Delegação Árabe, não. Assim, o conflito entre israelenses e palestinos, que já existia há tempos, se intensificou. As hostilidades se transformaram em guerra. Guerra da Independência para os israelenses, aliás. "Al Nakba" (a catástrofe) para os palestinos.
Em 1948, Tantura foi tomada e os palestinos foram expulsos. Assim diz a História oficial. Há no ser humano uma tendência a mudar os fatos, omitir os erros do passado e transmitir para as gerações futuras, uma versão dos acontecimentos que vai de acordo com os interesses das populações dominantes.
O documentário de Alon Schwarz lança um olhar inquisidor sobre este episódio controverso da História do Estado de Israel, levando o público a refletir sobre suas consequências até os dias atuais. Baseado em uma tese de mestrado de 1998 de Teddy Katz, fundamentada em muitas horas de fitas gravadas contendo depoimentos e entrevistas com ambos os povos, chegou-se a conclusão de que não houve uma batalha em Tantura, mas sim uma limpeza étnica, um massacre brutal que devastou a aldeia. Uma matança de pessoas indefesas e desarmadas.
"Quanto menos árabes houver para tornar um estado judeu, melhor."
Trailer
Ficha Técnica
Título original e ano: Tantura, 2022. Direção: Alon Schwarz. Roteiro: Shaul Schwarz, Halil Efrat e Alon Schwarz. Gênero: Documentário. Nacionalidade: Israel. Duração: 01h25min.
No ano 2000, um jornal publicou as descobertas de Katz, este foi acusado pelo Estado, sendo forçado a assinar um pedido de desculpas dizendo que não houve tal massacre em Tantura. A Universidade de Haifa encerrou sua carreira acadêmica, retirando sua graduação em pesquisas. O homem foi silenciado e tornou-se um indesejado, considerado inimigo de Israel.
"As sociedades não gostam de lidar com o lado sombrio de suas Histórias."
Na película acompanhamos os áudios originais, algumas recriações e imagens editadas, utilizadas para ilustrar os eventos. São relatos impactantes de idosos sobreviventes, lúcidos a respeito dos fatos. O que fica evidente é que a História que é transmitida as gerações atuais está longe de ser a verdade. Al Nakba é um tabu na sociedade israelense, que não reconhece ter ocorrido crime de guerra, protegendo a imagem de uma sociedade moralmente impecável. O que hoje é um local aprazível, à beira mar, oculta valas comuns onde os corpos dos antigos moradores foram sepultados. Ali jaz um capítulo obscuro da História daquele povo. Tantura chega ao Festival É Tudo Verdade e merece ser assistido.
Vinheta do É Tudo Verdade
27º Festival Internacional de Documentários
Serviço:
Os filmes ficam disponíveis até o limite de visionamentos ou 24 horas.
COMO ASSISTIR AOS FILMES:
É TUDO VERDADE PLAY
1. Entre no site www.etudoverdadeplay.com.br
e faça seu cadastro.
2. Depois de realizar o login
é só clicar no filme selecionado.
3. Aperte o play e boa sessão!
ITAÚ CULTURAL PLAY:
1 - Entre no site www.itauculturalplay.com.br
2 - Clique em "Criar sua Conta" e preencha o cadastro.
3 - Clique no filme escolhido e boa sessão
A Plataforma Itaú Play abrigará a Competição Brasileira de Curtas-metragens de 01 a 10 de abril.
SESC DIGITAL:
Entre no site do Sesc Digital pelo endereço
sescsp.org.br/etudoverdade e acompanhe a programação.
Não é necessário fazer cadastro.
A Plataforma Sesc Digital abrigará a Competição Internacional de Curtas-Metragens de 01 a 05 de abril. Com limite de 2000 visionamentos por título, exceto “Como se mede um ano?” 1000 visionamentos.
2 comentários:
Já li muito a respeito e sei que Israel, não foi nada ético em obter a tão sonhada Palestina de seus ancestrais, é justificável pois é profético. Não sou antissemita, racista, só quero que as pessoas saibam a verdade, como os Palestinos mesmo com documentos de suas propriedades, foram expulsos, mortos, sinceramente Israel sempre desejou a Palestina, não aceitavam outro local. Nada será feito pelos Palestinos, infelizmente o Ocidente, Europa já escolheram fechar os olhos. Criticar Israel não me torna simpatizante, apoiadora do Hamas, ao contrário, não apoio, mas apoio o Palestino inocente, que não tem voz, é marginalizado. Há um canal no Youtube( História Pública) que
mostra os fatos, para quem realmente quer saber o outro lado da história. Vou ver esse documentário, com certeza. Obrigada pela dica.
Agradecemos a visita e o seu comentáiro = )
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