Trem Bala é um filme maneiro, com um super elenco e uma trama que envolve assassinos perigosíssimos em uma missão a bordo de um trem a toda velocidade. Dirigido por David Leitch e escrito por Zak Olkewicz, a partir do livro homônimo de Kôtarô Isaka, a coprodução entre Japão e Estados Unidos desembarca esta semana em diversos cinemas do mundo.
Com mais de duas horas de duração, o longa não é exatamente cansativo, mas entrega diversos arcos narrativos e entrelaça os conflitos até o seu derradeiro ato final solucionar tudo. Por sua vez, a cada passo que dá se explica, e, talvez, soe um pouquinho exagerado, o que não diminui em nada o quão hilário o filme é.
Os personagens, advindos de diversas partes do mundo (México, Reino Unido, Eua e Japão), denotam a cidadania global da produção e a cultura japonesa em si ganha destaque com louvor. Estrelado por Brad Pitt, Sandra Bullock, Joey King, Aaron Taylor-Johnson, Brian Tyree Henry, Logan Lerman, Michael Shannon, Zazie Beetz e Hiroyuki Sanada e com uma seleção única de cameos (que podem ser spoilers se listarmos aqui), Bullet Train entrega diversão e muita, muita, muita zoação.
Trailer
Ficha Técnica
Título original e ano: Bullet Train, 2022. Direção: David Leitch. Roteiro: Zak Olkewicz - adaptado do livro de Kôtarô Isaka. Elenco: Brad Pitt, Joey King, Aaron Taylor-Johnson , Brian Tyree Henry, Andrew Koji, Hiroyuki Sanada, Michael Shannon, Sandra Bullock, Benito Antonio Martinez Ocasio aka Bad Bunny, Logan Lerman, Zazie Beetz, Masi Oka, Karen Fukuhara, Kevin Akiyoshi Ching, Johanna Watts, Julio Gabay. Gênero: Comédia, Ação, Suspense. Nacionalidade: Japão e Estados Unidos da América. Trilha Sonora Original: Dominic Lewis. Fotografia: Jonathan Sela. Edição: Elísabet Ronaldsdóttir. Design de Produção: David Scheunemann. Figurino: Sarah Evelyn. Distribuição: Sony Pictures Brasil. Duração: 2h06min.
Joaninha (Pitt) é um assassino retornando da aposentadoria e mal sabe ele que a terapia que fez para se restabelecer espiritualmente não o dará tanta sorte assim, nem mesmo com o novo codinome dado pela chefe Maria (Bullock). Ele é chamado para uma missão, após um ex-colega não estar disponível para o trabalho. Joaninha então embarca em uma viagem em um Trem Bala por terras orientais e vai recebendo instruções durante o caminho. Porém antes mesmo de conhecermos o assassino, somos apresentados ao Velho (Sanada) e seu filho Kimura (Koji) que descobrem que algo terrível aconteceu ao herdeiro deste último e o menino está no hospital em estado grave. A situação do garoto se interliga a pessoas que estão pelos vagões do trem e Joaninha tem que achar um item que está nas mãos de Lemon (Tyree Henry) e Tagerine (Taylor-Johnson) para sair dali o quanto antes. A dupla de irmãos é letal, todavia, bastante atrapalhada. Eles estão guardando um item valioso, além do filho (Lerman) de um chefão do crime japonês conhecido como ''A Morte Branca'' (Shannon) e devem entregar à ele na parada final da viagem tudo o que lhe pertence. No entanto, O Lobo (Martinez) e Príncipe (King) também estão nos vagões procurando vingança, sabe se lá de quem, e causam um rebuliço danado. Outra assassina (Beetz) disfarçada também pode causar mais tumultos na vida de todos ali.
Joaninha precisará usar suas táticas filosóficas para chegar ao fim da missão sem se abalar com as confusões que chegam à ele. E o homem pensava que desta vez tudo poderia ser diferente.
O texto do filme é aos modos do que já vimos em outras produções dirigidas por David Leitch como Deadpool 2, John Wick e Atômica. É o segundo da carreira de Zak Olkewicz, que anteriormente foi responsável por ''A Rua do Medo: 1978 Parte 2 (Netflix)''. Leitch, que é coordenador de dublê, foi também um. Aliás, ele atuou como dublê de Pitt em inúmeras produções, entre elas: Clube da Luta, Onze Homens e Um Segredo, Troia, Sr. e Sra. Smith, e a parceria de longa data fez Pitt aparecer rapidamente na sequência do anti-herói que amamos interpretado por Ryan Reynolds.
Temos então um filme dinâmico, cheio de referências ao mundo pop, com revelações que vão se fazendo relevantes durante todo ele e takes que enaltecem os personagens e o espaço em que estão. O colorido do filme é energizante e os detalhes mais simples se sobressaltam. Cenas que revivem ''o que aconteceu'' na vida dos assassinos e explicam suas caminhadas são banhadas a sangue, mas nada que dê medo e sim com teor cômico.
As participações de Hiroyuki Sanada e Michael Shannon dão a produção um toque de excelência que engrandece a película. Contudo, todas as atuações estão fenomenais e talvez Joey King seja um dos grandes destaques pela desenvoltura da personagem e a reviravolta que causa no palco da história. Brad Pitt tem aqui a chance de se espreguiçar e relaxar. É engraçado, leve e não precisa de muito para encantar. Aaron Taylor-Johnson e Brian Tyree Henry são forças complementares no filme e chegam chegando com aquele sotaque britânico bem ''street'' e adorável. Zazie Beetz vem na pegada do poder, assim como Bullock que é misteriosa até o desfecho.
A superprodução tem um hype alto e merece toda atenção possível por ser um balde de encontros incríveis em cena. Não só isso, a proposta clara de trazer diversão ao público e entreter com qualidade vem com força aqui. Então chame os amigos e vá assistir.
Avaliação: Quatro maletas cheia de dinheiro (4/5).
04 DE AGOSTO NOS CINEMAS
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