Para os amantes de histórias com mulheres fortes, este longa pode se tornar o seu favorito na safra de filmes lançados em 2022. Com a atuação impecável da vencedora do Oscar Viola Davis, A Mulher Rei (The Woman King) é uma narrativa sobre as Agojie, uma força de elite de guerreiras, constituída unicamente por mulheres que protegiam o Reino Africano de Daomé no século 19, com uma ferocidade e habilidades nunca antes vistas no mundo. A película é inspirada em fatos verídicos, o que torna a mensagem da produção ainda mais impactante.
A cenografia, figurino e adereços dão um toque especial e trazem mais veracidade à trama. Repleto de cenas de ação, o longa-metragem de duas horas de duração tem emoção do início ao fim. Além de Viola, que vive a líder Nanisca, fiquem atentos à atuação de Lashana Lynch (007: Um Novo Dia Para Morrer), que interpreta a tenente Agojie Izogie, uma das guerreiras mais destemidas do Reino de Daomé, encarregada de treinar a próxima geração dessa força militar.
Temas como escravidão e violência contra as mulheres também são abordados no filme de Gina Prince-Bythewood, apresentado pela TriStar Pictures em associação com eOne, JuVee Productions e Welle Entertainment production. O longa-metragem, escrito por Dana Stevens com argumento da mesma e também da atriz e produtora Maria Bello, é inspirado pelo livro ''Amazons of Black Sparta: The Women Warriors of Dahomeny'', de Stanley B. Alpern, (veja aqui) e estreia em todos os cinemas brasileiros nesta quinta-feira (22).
Trailer
Ficha Técnica
De acordo com a história, a cultura de Daomé, valorizava a significância das mulheres, portanto contava com uma organização social única e incrivelmente progressiva para a época, onde todos os cargos oficiais poderiam ser ocupados tanto por um homem quanto por uma mulher. O longa retrata esse sistema de paridade de gênero. Na produção, o rei busca outorgar o título de Kpojito – ou mulher rei – a uma mulher que seria sua companheira de reinado.Título original e ano: The Woman King, 2022. Direção: Gina Prince-Bythewood. Roteiro: Dana Stevens com argumentos de Stevens e Maria Bello. Elenco: Viola Davis, Lashana Lynch, Sheila Atim, John Boyega, Hero Fiennes Tiffin, Jimmy Odukoya, Masali Baduza, Jayme Lawson, Adrienne Warren, Chioma Antoinette Umeala, Shaina West, Siyamthanda Makakane. Gênero: Ação, drama, história. Nacionalidade: Canada e Estados Unidos da América. Trilha Sonora Original: Terence Blanchard. Fotografia: Polly Morgan. Design de Produção: Akin McKenzie. Supervisor de Direção de Arte: Christophe Dalberg. Figurino: Gersha Phillips. Produtoras: TriStar Pictures em associação com eOne, JuVee Productions, Welle Entertainment production, Jack Blue Productions, Entertainment One. Distribuição: Sony Pictures Brasil. Duração: 2h15min.
A produção, inteiramente gravada na África do Sul, é uma verdadeira viagem ao passado e nos mostra o quanto ainda estamos atrasados quando o assunto é paridade de gênero. Conforme a trama vai se desenvolvendo, uma reflexão muito importante é proposta: Qual é o conceito de feminilidade? As respostas podem ser diversas, assim como pode não haver definição.
Para saber mais sobre a obra, a dica é que corram aos cinemas, pois este é um filme para todos os gostos e gêneros. E seguindo a onda ''Marvel de ser'', fique até o fim dos créditos para conferir um bônus que foi deixado ali e poderá lhe causar certa curiosidade para entendimento pós-filme naqueles ditos vídeos de ''explicando cenas e seus contextos''.
A Mulher Rei, que, definitivamente se estabelece como algo maior e mais forte do que o termo rainha poderia lhe dar, declara que o consciente da Mulher Preta é de luta sempre e que a briga pela visibilidade de mulheres e meninas não brancas merece o topo da bilheteria para mandar uma baita mensagem a Hollywood: a de que a diversidade, a representatividade e o feminismo negro não são uma mera ''lacração'', mas um estado de emergência perante ao racismo e a toda história de sofrimento do povo preto no mundo até o dias atuais.
A Mulher Rei, que, definitivamente se estabelece como algo maior e mais forte do que o termo rainha poderia lhe dar, declara que o consciente da Mulher Preta é de luta sempre e que a briga pela visibilidade de mulheres e meninas não brancas merece o topo da bilheteria para mandar uma baita mensagem a Hollywood: a de que a diversidade, a representatividade e o feminismo negro não são uma mera ''lacração'', mas um estado de emergência perante ao racismo e a toda história de sofrimento do povo preto no mundo até o dias atuais.
22 DE SETEMBRO NOS CINEMAS
Um comentário:
Adorei a crítica. Deu vontade de assistir.
Postar um comentário
Pode falar. Nós retribuímos os comentários e respondemos qualquer dúvida. :)