MOSTRA BRASIL
O documentário “Kobra Auto Retrato” passou pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e contou tanto com sessões gratuitas no vão livre do Masp como sessão para convidados. Além de eventos de pré estréia esta semana na capital paulista. Nestes momentos, pode-se dizer que a reação do público foi bastante positiva e em algumas das ocasiões as salas ficaram lotadas.
Sob o olhar sensível e apurado da cineasta Lina Chamie, a produção, narrada pelo próprio artista, segue uma linha temporal descritiva que traz fatos desde os primeiros anos, o início de carreira, seus primeiros trabalhos como Street Art até se tornar o muralista mundialmente conhecido dos dias atuais.
A produção vai a periferia onde nasceu e cresceu como uma criança que não se adaptava à realidade e só pensava em arte, lotando cadernos de desenhos. Daí ter ganhado dos colegas o apelido de Kobra. O jovem Eduardo começou a se expressar na clandestinidade, como um adolescente pichador. Mas até neste aspecto ele já demonstrava um gosto próprio pela arte de rua, mudando o que para a sociedade era sinônimo de “vagabundo” para uma forma de expressão e um caminho para a auto suficiência.
Trailer
Ficha Técnica
- Título original e ano: Kobra Auto Retrato, 2022. Roteiro e Direção: Lina Chamie. Com: Kobra. Gênero: Documentário. Nacionalidade: Brasil. Músicas: Claude Debussy, Racionais MC's, Felix Barreira (a.k.a. Gordão), György Ligeti, Steve Reich, Gustav Mahler, O Grivo, César Franck, Bodes & Elefantes, Piotr I. Tchaikovsky, Iannis Xenakis, DJ Lean Rock, Demigodz. Direção de Fotografia: Lauro Escorel, ABC. Montagem: Lina Chamie . Direção de Produção: Jefferson Pedace. Som Direto: Juliano Zoppi. Desenho de Som: Lina Chamie. Edição de Som e Mixagem: Pedro Noizyman. Produzido por: Lina Chamie e Vinícius Pardinho. Produção Executiva: Vinícius Pardinho e Jefferson Pedace. Produção: Girafa Filmes. Distribuição: Imovision. Duração: 84min.
O filho de tapeceiro e dona de casa começou a fazer pequenos trabalhos, como cartazes e pinturas de cenários, até que foi chamado para decorar um famoso parque dos anos 90 e seu trabalho lhe rendeu algum dinheiro. A partir de então, seu talento foi reconhecido ganhando visibilidade.
Entretanto, o documentário vai além, adentrando também o universo mais íntimo do artista, dando ao público um relato comovente dos desafios enfrentados por ele no campo psicológico e das relações familiares.
Quem vê sua arte monumental, de colorido vibrante e intenso, não imagina as dores e lutas que estão por trás. Suas obras refletem sua busca interior e abordam questões sociais, ambientais, históricas, trazendo mensagens de fraternidade a não violência através de seu estilo único e impressionante.
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