Filho da Mãe, de Susana Garcia | Assista no Prime Vídeo


Às vezes parece que a gente só reconhece um fenômeno, quando o perdemos. Ainda mais quando tivemos tão pouco tempo, mas no breve período em que o cometa Paulo Gustavo atingiu a terra, ele deixou sua marca, e fez muita gente chorar de rir, para no fim, chorar de emoção com o tanto que ele nos fez sentir.

Dirigido por Susana Garcia, realizadora responsável por Minha Mãe é Uma Peça 3 e Minha Vida em Marte, cujo a familiaridade com o trabalho do comediante torna o projeto ainda mais especial. A produção era uma ideia do próprio ator e foi adaptada por Susana. O longa também é co-dirigido por Juliana Amaral, irmã de Paulo.

Créditos: Amazon Studios     
O espetáculo com a mãe enaltece o tempo de cantora de Déa e o espectador tem a chance de acompanhar os bastidores do show pelo Brasil.

Filho da Mãe não quer ser um longa-metragem pós morte a ver que se trata de uma produção do dia a dia do artista e dos bastidores do espetáculo que estava fazendo com a querida Déa Lúcia, a mãe que conquistou o Brasil. Mesmo assim, com o passar do filme, somos atingidos pela falta que ele faz na vida de todos que trabalharam ou conviveram com ele e somos consumidos pelo poder de toda a arte e vida de Paulo.

Os relatos da família, e de rostos conhecidos, como Ingrid Guimarães (De Pernas Para o Ar) e Mônica Martelli (Os Homens São de Marte…. E É Para Lá Que Eu Vou), que nos fazem ter vontade de ter sido parte da vida deste ator sem igual. Mas é um trecho de Pedro Bial que nos faz compreender o tamanho do fenômeno que foi Paulo. A gente vê entre o dia a dia da turnê de Filho da Mãe, pedaços da história, desde o surgimento da famosa e querida Dona Hermínia. E o jornalista aponta para o fato de que o filme Minha Mãe É Uma Peça não precisou de um veículo de mídia grande para se vender, ele é esse veículo, e depois, com o sucesso, emprestou seu nome ao Canal Multishow e a Rede Globo, onde fez muito de seus programas de humor. Pedro também destaca que Paulo olhou para dentro, e viu na mãe, uma personagem que ia falar com o grande público.

Trailer


Ficha Técnica 
Titulo original e ano: Filho da Mãe, 2022. Direção. Susana Garcia. Co-direção: Juliana Amaral. Com participações de: Paulo Gustavo, Déa Lúcia, Juliana Amaral, Thales Bretas, Susana Garcia, Pedro Bial, IZA, Marcus Majella, Regina Cazé, Mônica Martelli, Júlio Marcio Monteiro de Barros. Gênero: Documentário, biografia. Nacionalidade: Brasil. Produção ExecutivaSusana Garcia, Luiz Noronha, Cecília Grosso, Samanta Moraes. Produção: Amazon Studios, A Fabrica. Disponível no Amazon Prime Video em 16 de Dezembro. Duração: 01h47min.
A gente vê que a trilogia de Minha Mae é Uma Peça tomava de conta dos cinemas, enfrentando de igual para igual, a Marvel e a Disney. Paulo Gustavo e sua arte de rir como um ato de resistência foi e é um herói nacional. Com toda a inspiração que teve no dia a dia da família, soube levar para o público, pautas importantes com amor.

Também no longa, Paulo cita que ''não é militante, mas é um ser político''. A produção aborda que Paulo conseguiu mudar a vida de muita gente. A participação de um fã com o relato sobre como Paulo o ensinou a amar quem ele era, a ser quem ele era, é só um exemplo do que ele fez na sutileza do dia a dia dele, e na forma como abordava temas importantes na comédia. Sabendo falar com o povo brasileiro de uma maneira empática.

     Créditos: Amazon Studios       
O filme relembra o período em que o ator e o marido decidiram ser pais de duas crianças, Romeu e Gael

O documentário traz de volta para as telas um pouco de Paulo Gustavo para que a gente se lembre do fenômeno que ele é, porque a estrela que foi em vida, continua e nunca vai deixar de brilhar depois que partiu. A produção deste filme é uma biografia do grande homem que foi e sempre será Paulo Gustavo. Ele que teve a família como inspiração, porque com todas as dificuldades que eles carregavam, acreditaram no sonho de Paulo de ter uma carreira artística.

Paulo foi um grande contador de histórias. E nesse longa, Susana, relembra um pouco da caminhada de vida e carreira dele. Mais para o final do filme, acompanhamos a jornada de Paulo e seu marido Thales Bretas, se tornando pais de Romeu e Gael. E depois disso, a trágica perda de Paulo, que morreu em maio de 2021, em decorrência da covid-19, deixando um buraco, que nas palavras de Bial: “Não vai e não pode ser tapado”. E fica a saudade do grande nome da comédia brasileira desta década.

16 DE DEZEMBRO NO PRIME VIDEO.

Escrito por Amanda Karolyne

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