O Tarô da Morte, de Spenser Cohen e Anna Halberg

Tarô da Morte é a nova aposta da Sony Pictures Brasil para o gênero do terror, o filme é estrelado por Harriet Slater, Adain Bradley, Avantika, Jacob Batalon e Olwen Fouéré. Com direção de Spenser Cohen e Anna Halberg, a produção possui aquela gostosa vibe de adolescentes inconsequentes que fazem besteira e que precisam lidar com as consequências de seus atos. O longa-metragem possui uma premissa intrigante para uma história de terror, de certa forma, o mesmo consegue alguns bons êxitos, mas escorrega em algumas escolhas que não são muito bem inseridas no filme.

O enredo gira em torno de um grupo de amigos que, irresponsavelmente, violam a única regra do ''mundo das cartas que preveem o futuro'' que não poderia ser quebrada. Tal norma requer que os jogadores não utilizem o baralho de outra pessoa. Quando esses amigos alugam uma casa sombria e resolvem, a partir de uma brincadeira, usarem um baralho desconhecido, consequentemente, eles ignoraram o perigo que a atitude representava. Agora, todos irão enfrentar o mal que foi libertado e descobrir, da maneira mais horripilante, as resultâncias de esbarrar com terríveis figuras do mundo do tarô. Logo, o destino de todos estará nas mãos de uma presença desconhecida e sinistra.

À primeira vista o terror, que é baseado no livro de Nicholas Adams ''Horroscope'', parece ser genérico e bem trash, mas até que surpreende em alguns pontos. De um modo geral, o filme acerta em alguns momentos, recorrendo à criatividade em algumas escolhas, mas, por outro lado, é infeliz por se basear em clichês batidos do terror. Como já dizia a expressão: ficando ali, num elas por elas.

Trailer

Ficha Técnica

Título original e ano: Tarot, 2024. Direção: Spenser Cohen e Anna Halberg. Roteiro: Cohen e Anna Halberg - Adaptação do livro de Nicholas Adams ''Horroscope''. Elenco: Harriet Slater, Adain Bradley, Jacob Batalon, Avantika, Humberly González, Wolfgang Novogratz, Larsen Thompson, Olwen Fouéré, Suncica Milanovic, Alan Wells,  Anna Halberg, Cavin Cornwall, Joss Carter, Lucy Ridley. Gênero: Terror. Nacionalidade: Eua, Servia. Trilha Sonora Original: Joseph Bishara. Fotografia: Elie Smolkin. Edição: Tom Elkins e Josh Sgarlata. Design de Produção: Felicity Abbott. Figurino: Ivana Vasic.  Distribuidora: Sony Pictures Brasil. Duração: 01h32min. 

Um destaque positivo sem dúvidas é o elenco teen que encarna personagens bastante promissores. O grupo de amigos apresenta um bom entrosamento, o que pode acabar despertando a empatia do público por conta dos laços de amizade. Os atores fazem um ótimo trabalho criando momentos divertidos entre os personagens graças ao seu carisma. O grande destaque é na certa Jacob Batalon, conhecido por interpretar o carismático amigo de Peter Parker nos últimos filme do Homem Aranha (2017-2021), com sua atuação expressiva, acaba trazendo leveza ao personagem esbanjando carisma.

O longa se destaca positivamente pela escolha da fotografia sombria, algo que, inserido de uma forma agradável, acarreta em momentos marcantes e auxilia a contar uma trama assustadora, somando em uma atmosfera para aqueles personagens, muito mais horripilante. Despertando sentimentos no público como, torcer para nunca estar em um ambiente tão tenebroso.

Créditos:  © 2424 CTMG // Sony Pictures

A produção foi rodada em Belgrado, na Sérvia, e também em Massachusetts, nos Estados Unidos.

Ao longo de seus quases 92 minutos, Tarot, título original da produção, opta por algumas escolhas preguiçosas e que foram inseridas inúmeras vezes em longas do gênero, como o excesso de Jump Scares, ou ainda, aqueles sons típicos que são executados com o auxílio da sonoplastia. Em clássicos de terror, tais ferramentas até tem certo efeito, mas caso não sejam bem realizadas acabam enchendo a paciência de quem assiste. A figura do vilão aqui se torna saturada pela má escolha de mostrar sua figura em excesso, lembrando até mesmo, em alguns momentos, a infeliz escolha feita no filme A Freira (2018).

Para os fãs do terror, há o que se apreciar, mas é preciso manter as expectativas baixíssimas e a mente aberta para então se divertir, principalmente, para quem ama ir ao cinemas com um grande grupo de amigos. Afinal, há escolhas criativas e surpresas que tornam o filme uma pipoca que entretêm.

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