A série Arcane estreou sua segunda temporada este último sábado (9/11) e o Burger King® é o parceiro ideal para quem vai acompanhar os novos capítulos da história de Jinx, Vi e os demais personagens do universo de League of Legends, jogo da Riot Games. Apenas nos restaurantes do BK® você encontra copos exclusivos de cinco personagens da série, para aproveitar a nova temporada com muito estilo.
No dia 12/11, o novo Combo Arcane estará disponível para compra nas lojas do BK® participantes. em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Goiás, Pará Espirito Santo e Minas Gerais. A nova opção de combo vem com um Whopper Especial a sua escolha – seja um Whopper Rodeio ou Whopper Barbecue Bacon ou Whopper Furioso - uma Batata Frita Média, o Free Refill e um Copo Temático da série, ilustrado com artes de cinco personagens da animação: Jinx, Ambessa, Ekko, Caitlyn e Vi.
A collab inédita do Burger King® com a Riot Games, gerenciada pela Redibra, também está trazendo cinco coroas com os mesmos personagens da série para você mostrar quem é o seu Campeão favorito – ou “main”, se preferir - sempre que for no BK. "Recentemente, realizamos uma ação divertida no Dia do Gamer, onde trocamos peças de computador queimadas por sanduiches grelhados no fogo. Foi um sucesso! Essa colaboração inédita com a Riot não apenas fortalece a presença da nossa marca nesse território, mas também conecta os produtos do BK® com esse público que é extremamente engajado, fiel e apaixonado”, afirma Igor Puga, CMO da ZAMP®, master franqueada do Burger King® no Brasil.
“Um dos diferenciais do League of Legends e de todos os jogos da Riot Games, é a riqueza de detalhes na narrativa dos personagens e de todo o universo em que estão inseridos, o que proporciona uma conexão genuína com uma base de fãs muito apaixonada. Esta audiência quer estar conectada com seu jogo favorito mesmo quando não está de fato jogando. Por isso estamos muito animados com esta parceria com o Burger King, que vai conseguir inserir Arcane e o League of Legends ainda mais no dia a dia da comunidade, ao oferecer uma experiência para eles que mistura gastronomia e diversão" - afirma Diego Martinez - General Manager da Riot Games Brasil.
O Combo Arcane está disponível em restaurantes selecionados a partir de R$ 49,90. Na compra da oferta, você poderá escolher entre os sanduíches Whopper Rodeio, Whopper Barbecue Bacon ou Whopper Furioso, além de 1 dos 5 copos exclusivos. Os copos ilustrados estão sujeitos à disponibilidade. Confira as lojas participantes no link.
“Tenho dezenove anos e trabalho como garçonete. Foi assim que eu paguei os meus seios”!
Apesar de ser uma diretora estreante em longas-metragens, a cineasta francesa Agathe Riedinger possui experiência na condução de videoclipes, o que justifica a musicalidade expressiva na jornada de Liane (Malou Khebizi), em sua busca para ser famosa. Acostumada a roubar produtos em lojas e depois os revender a preços reduzidos, Liane publica fotos sensuais em seu perfil do Instagram e, em determinado momento, chama a atenção de uma agente de programas de TV, Alexandra Ferrer (Antonia Buresi), que a convida para fazer um teste, a fim de participar de um ‘reality show’. Os seguidores de Liane se multiplicam, depois disso, mas ela fica à mercê de uma resposta…
Vivendo com uma mãe irresponsável e com uma irmã mais nova, de quem cuida, Liane sente-se insegura em relação ao próprio corpo, por mais que receba elogios contínuos, nas redes sociais. Eventualmente, rapazes enviam-lhe vídeos se masturbando, o que confirma que ela é sensual o suficiente, mas, mesmo assim, ela nutre o desejo de inserir silicone em suas nádegas, depois de já ter realizado um procedimento semelhante em seus seios.
Quando quer se divertir, Liane sai com suas amigas para boates, onde publiciza o seu talento para a dança, que foi justamente o que chamou a atenção da agente supracitada. Porém, o seu temperamento é explosivo, e volta e meia ela discute com as suas companheiras. Por acaso, ela conhece o mecânico Dino (Idir Azougli), que apaixona-se por ela. Em suas tentativas de aproximação sexual, Dino é repelido por Liane, que não hesita em mostrar-lhe os seios, quando ele solicita. O motivo do comportamento arredio de Liane, quando Dino tenta aproximar-se, é revelado em conversas anteriores com as amigas: ela ainda é virgem, o que contrasta com a ‘persona’ erotizada que divulga na internet…
Créditos de Imagens: Festival Varilux de Cinema Francês | Divulgação | Silex Films
O filme passou por cerca de onze festivais internacionais de cinema e tem data de estreia na França no próximo dia 20. Ademais, deve chegar as salas russas em Dezembro.
Contando uma história que chega a ser trivial, no modo como se repete hodiernamente – em âmbito tramático, é uma versão pós-adolescente daquilo que vemos no polêmico “Lindinhas” (2020, de Maïmouna Doucouré) –, este filme chama a atenção pela direção descontraída, que faz excelente uso da câmera na mão, lembrando as ótimas produções da diretora britânica Andrea Arnold. Tal como ela, Agathe Riedinger não julga a sua personagem e, ao invés disso, faz com que o espectador esteja continuamente ao seu lado, de modo a compreender as suas intenções e a origem de suas frustrações.
Nos vídeos motivacionais a que assiste, em seu desejo de tornar-se uma influenciadora digital, Liane ouve diversas entrevistadas assumindo e vangloriando-se da própria superficialidade e, por causa disso, ela entra em conflito com os anseios de suas amigas, que querem ser trabalhadoras convencionais ou mães de família. A trivialidade das vidas delas, segundo Liane, é algo que a desagrada, o que a impulsiona para rumos perigosos, como a festa promovida por três solteirões ricos, que lhe pagam para que ela dance seminua. Ela fica prestes a ser estuprada, portanto.
Trailer Internacional
Ficha Técnica
Título Original e Ano: Diamant Brut,2024. Direção e Roteiro: Agathe Riedinger. Elenco: Malou Khebizi, Idir Azougli, Andréa Bescond, Ashely Romano, Alexis Manenti, Kila Fernane, Léa Gorla, Alexandra Noisier, Antonia Buresi, Sandra Bijou,Francesaca Giromella, Guillaume Verdier. Gênero: Drama. Nacionalidade: França. Trilha Sonora Original: Priscilla Bertim. Fotografia: Audrey Ismael. Design de Produção e Direção de Arte: Astrid Tonnellier. Empresas Produtoras: Silex Films, France 2 Cinéma, Germaine Films. Distribuição: Bonfilm. Duração: 01h43min.
No papel da protagonista Liane, Malou Khebizi, também estreante em longas-metragens, entrega-se por completo à personagem, não tendo problemas em expor a própria nudez, inclusive na seqüência em que ela ousa fazer uma tatuagem em si mesma, que “fica parecendo que foi esfaqueada”, conforme atesta Dino. Liane recusa as opiniões das pessoas queridas, ansiosa para ter a resposta da agente que lhe prometera uma chance na TV. E, num artifício bem-sucedido, por parte da diretora, os comentários das publicações virtuais de Liane inundam a tela, em letras maiúsculas, indo de elogios exagerados à sugestão de que ela deve se matar!
Ao término de uma hora e quarenta e três minutos, que é o tempo de duração desta sessão, surpreendemo-nos com o desfecho ambíguo, que pode ou não ser um final feliz para Liane, a depender de como seja apreendida a narrativa. A trilha musical é repleta de canções dançantes e a tônica videoclipesca contagia o drama da personagem, que, afinal, é uma garota como qualquer outra, por mais que se esforce para ser diferente. Não obstante não ser inventivo no que propõe, “Diamante Bruto” revela um olhar necessário sobre as configurações midiáticas no cotidiano dos indivíduos, hoje em dia: que as Lianes reais sejam felizes naquilo que almejam, desde que estejam conscientes dos prós e contras destas atividades. Conforme percebemos em diversos filmes, a fama é algo sobremaneira problemático!
Festival Varilux de Cinema Francês De 07 a 20 de novembro Nas salas de cinemas de 60 cidades ao redor do país Apoio: Embaixada da França, Aliança Francesa, Câmara do Comércio França-Brasil, CCBB, UNIFRANCE.
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são as Alianças Francesas, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.
Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 14 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 2 milhões de espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e com uma edição também em São Paulo em 2024. Visite: www.bonfilm.com.br
A Preferida do Rei: Um retrato Luxuoso e Intrigante da Corte de Luís XV
Explorando a ascensão de Jeanne Bécu, a última amante de Luís XV, o drama histórico exibe uma produção visualmente deslumbrante e traz Johnny Depp no elenco.
“A Preferida do Rei”(2024), transporta o público em um drama histórico, ao esplendor e às intrigas da corte francesa do século XVII. Em uma interpretação cativante de Luís XV, o famoso monarca conhecido por sua vida de excessos e paixões, Johnny Depp nos chama atenção pela coragem em aturar em outra língua que não o inglês. Além do elenco, roteiro e fotografia são os grandes destaques do filme.
Inspirado na história de Jeanne Becu, a última amante oficial do rei, o longa revela os contrastes da vida de uma jovem de origem humilde que desperta o coração do poder em Versailles, enfrentando a moralidade da corte e os próprios dilemas de sua condição.
A produção apresenta uma visão moderna e humana da história real de Jeanne, interpretada com elegância por Maïwenn. A diretora e roteirista transformou o filme em uma fascinante mescla entre o romance e a crítica social, explorando com maestria o contexto social da época e de como uma cortesã, filha de cozinheira, tornou-se uma das pessoas mais comentadas da nobreza francesa. Despertando o desejo e o interesse que desafia as convenções, a história oferece ao público um olhar envolvente sobre os conflitos externos de uma mulher que vive entre o poder e o amor, cercada por rivalidades e desconfianças.
Crédito de Imagens: Festival Varilux de Cinema Françês / Divulgação / Why Not Productions
A produção abriu o Festival de Cannes, em 2023, e foi exibida na abertura para convidados do Festival Varilux de Cinema Francês em Brasília, na última terça-feira, 05/11
Visualmente, “A Preferida do Rei” é uma obra-prima. Cuidadosamente construídas, cada uma das cenas revela a opulência de Versailles, com detalhes que transportam o espectador diretamente para o coração da França do século XVIII. A cenografia juntamente com o figurino desempenha um papel fundamental e entram em harmonia com palácios e trajes pomposamente elaborados, ressaltando a atmosfera luxuosa da época. A direção de arte e a fotografia contribuem para essa experiência visual rica, que captura não só a grandiosidade do ambiente como também as nuances emocionais dos personagens, especialmente nos momentos de intimidade entre Jeanne e Luís XV.
Digna de aplausos, a interpretação de Johnny Depp, revela uma performance intensa, revelando um rei que ao mesmo tempo é autoritário e vulnerável, também possui um afeto por sua amante que mistura desejo e um apego genuíno. O ator equilibra a imponência do monarca com uma sensibilidade que permite ao espectador enxergar o homem por trás da coroa. Relatado com delicadeza, o relacionamento entre o rei e Jeanne, possui diálogos que reflete as complexidades e dilemas da época.
Trailer
Ficha Técnica
Título Original e Ano: Jeanne du Barry, 2023. Direção: Maïwenn. Roteiro: Maïwenn, Teddy Lussi-Modeste, Nicolas Livecchi, Marion Pin. Elenco: Stanislas Stanic, Maïwenn, Johnny Depp, Benjamin Lavernhe, Pierre Richard, Robin Renucci, Marianne Basler, Caroline Chanioleau, Melvil Poupaud, Pascal Greggory, India Hair, Suzanne De Baecque, Capucine Valmary. Gênero: Drama, História. Nacionalidade: França, Bélgica, Reino Unido. Trilha Sonora Original: Stephen Warbeck. Fotografia: Laurent Dailand. Figurino: Jürgen Doering. Design de Produção: Angelo Zamparutti. Empresa Produtora: Why Not Productions. Coprodução: France 2 Cinéma, France 3 Cinéma, La Petite Reine, Impala Productions, Les Filmes de Batna, In.2Film.Distribuição: Mares Filmes. Duração: 01h57min.
A produção audaciosa, é um mergulho nos dilemas de uma sociedade que glorifica o poder e, ao mesmo tempo, condena aqueles que o buscam, conquistando não somente pela beleza visual quanto pela narrativa intensa do retrato humano e profundo dos personagens.
Em suma, uma obra que celebra o cinema como arte e transporta o público a uma época fascinante, com uma história que continua a ressoar até os tempos de agora.
Festival Varilux de Cinema Francês De 07 a 20 de novembro Nas salas de cinemas de 60 cidades ao redor do país Apoio: Embaixada da França, Aliança Francesa, Câmara do Comércio França-Brasil, CCBB, UNIFRANCE.
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são as Alianças Francesas, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.
A Fanfarra, quarto filme do diretor Emmanuel Courcol, conta a história de Thibaut Desormeaux (Benjamin Lavernhe), que, ao ser diagnosticado com leucemia e realizar vários testes de compatibilidade com sua irmã, Rose (Anne Loiret) descobre que foi adotado recém nascido. Buscando sobreviver e conhecer mais de sua história, ele encontra seu irmão de sangue, Jimmy Lecocq (Pierre Lottin) e o choque de realidade entre os dois costura uma trama familiar que aquece o coração.
O longa se inicia com Thibaut regendo, sons tomam conta da tela, há uma movimentação muito compassada na câmera, seguindo o ritmo da música. A regência se estende até que ele se sente mal e desmaia. Nesse ponto, o filme possui uma montagem muito inteligente, escolhendo não exibir cenas de exames e em salas médicas nesse primeiro momento, explicando assim toda a situação num diálogo entre o homem e sua irmã. A edição, de forma geral, tem grande destaque pelas quase duas horas de duração, principalmente em se tratando de uma película que trata de música de forma tão pessoal, ''En Fanfare'' nunca perde seu ritmo.
A partir dessa conversa e dos exames de compatibilidade que fazem, a médica revela que Thibaut e Rose não são irmãos de sangue, o maestro confronta sua mãe (Ludmila Mikaël), que revela a adoção dele em tenra idade. O filme, neste momento, poderia optar por dois caminhos, seguir o drama de descoberta e o conflito entre a mãe e o filho nessa falta de transparência, ou deixar tudo isso de lado e focar na busca dele pela sua família biológica. Entretanto, demonstrando mais uma vez um controle de narrativa muito forte, o diretor escolhe superar esses dois pontos e já corta para o encontro de Thibaut e Jimmy Lecocq.
Crédito de Imagens: Festival Varilux de Cinema Francês | Divulgaçaõ | Agat Films & Cie
Selecionado para as sessões de ''premieres'' do Festival de Cannes na edição de 2024
Thibaut é um grande maestro, com uma carreira consolidada, realizado profissionalmente e com uma família amorosa. Jimmy é um cozinheiro que toca trombone numa fanfarra local, ele é pai, ele também foi adotado, depois que os pais faleceram. Num primeiro momento, Jimmy parece não acreditar, mas a aproximação deles parece inevitável, os atores demonstram uma delicadeza na atuação muito tocante, a desconfiança e o desejo de acessar aquela pessoa, nesse conflito inicial, é muito crível.
Jimmy faz o transplante de medula e os irmãos passam a conviver mais, o amor pela música os une e os fascina. Thibaut se vê questionando o motivo de não terem sido adotados juntos, de Jimmy, que tem uma aptidão musical tão forte quanto ele, não teve as mesmas oportunidades que ele teve, o personagem se vê em dívida, não apenas pela medula, mas por toda a trajetória deles. Quando a trama avança, os confrontos com a mãe adotiva ficam esparsos e mal encaixados na narrativa, até mesmo com a irmã.
Thibaut emprega esforços para incentivar Jimmy a seguir treinando o trombone, seguir buscando a melhora, passa a ensinar sobre regência e presenteia o irmão com um trombone novo. Jimmy também deseja conduzir, continuar tocando, aprender e aperfeiçoar o dom que possui, mas as condições materiais o impedem de praticar durante muitas horas do seu dia. A história tem um quê de A Princesa e a Plebeia, mas sem a troca de papeis.
Trailer
Ficha Técnica
Título Original e Ano: En Fanfare, 2024. Direção: Emmanuel Courcol. Roteiro: Khaled Amara, Oriane Bonduel, Emmanuel Courcol, Iréne Muscari, Marianne Tomersy. Elenco: Benjamin Lavernhe, Pierre Lotin, Sarah Suco, Jacques Bonnafé, Clémence Massart-Weit, Anne Loiret, Mathilde Courcol-Rozès. Gênero: Comédia, Drama. Nacionalidade: França. Trilha Sonora Original: Michel Petrossian. Fotografia: Maxence Lemonnier. Edição: Guerric Catala. Design de Produção: Mathé. Direção de Arte: Mathé, Rafael Mathé. Empresas Produtoras: Agat Films & Cie, Indéfilmes 12, France 2 Cinema, Entourage Sofica 2, Canal+. Distribuição: Bonfilm. Duração: 01h43min.
O maestro ensina sobre o que sabe, enquanto aprende com Jimmy mais sobre a história dos dois, como era a mãe deles, onde moravam, o que aconteceu depois que ele foi adotado, como foi a vida dele, as suas dificuldades, seus medos e anseios. O filme fica muito poderoso quando os irmãos estão juntos, mesmo que não estejam conversando, há uma química muito grande entre os atores.
E, nessa dinâmica, a narrativa avança até uma breve ruptura entre eles, quando as condições materiais de ambos são exarcebadas. Jimmy vê a Fanfarra acabar, perde seu emprego por ajudar os funcionários grevistas da fábrica da cidade, está irritado por não conseguir ser tão bom quanto gostaria. Thibaut não está completamente alheio a isso, mas sua vida agitada o impede de intervir, mas ele decide o fazer para mostrar ao irmão um comprometimento. Algumas subtramas são pouco desenvolvidas, muito por opção da direção, mas que ganham peso no momento certo.
O elenco de apoio da fanfarra é excelente, tem um tempo de humor bem cronometrado. A história em si é bem simples, mas com um ritmo empolgante, conseguindo dosar humor e drama de forma competente, desenvolvendo as situações e os personagens de forma sólida. A montagem deixa o filme enxuto e objetivo, mas não sem coração, há uma ebulição de sentimentos em tela que envolve o espectador na história numa conexão forte. Ao fim, a música une e fortalece os laços, tanto para a luta de classes, quanto para a família.
Festival Varilux de Cinema Francês De 07 a 20 de novembro Nas salas de cinemas de 60 cidades ao redor do país Apoio: Embaixada da França, Aliança Francesa, Câmara do Comércio França-Brasil, CCBB, UNIFRANCE.
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são as Alianças Francesas, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.
Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 14 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 2 milhões de espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e com uma edição também em São Paulo em 2024. Visite: www.bonfilm.com.br
Você piscou e o ano já está acabando. ''Então é Natal, e o que você fez?'' Está aberta a temporada festiva. A Mariah Carey está descongelando e listas de resoluções de ano novo já começam a ser escritas. Só tem um problema que talvez possa interromper as festividades: Papai Noel foi sequestrado!
Um enorme time de produtores se juntou ao roteirista de 7 filmes da franquia Velozes & Furiosos e ao diretor das sequências de Jumanji, Jake Kasdan, para criar um blockbuster de Natal com grande orçamento e um elenco de peso. Inicialmente planejado como uma adição de catálogo do Prime Video com lançamento programado para o fim de 2023, Operação Natal foi adiado em um ano devido à greve que parou Hollywood ano passado. Mudanças nos planos mercadológicos da Amazon MGM nesse meio tempo garantiram a estreia do longa nos cinemas. Dentro do possível, o resultado final acaba sendo mais simpático do que o esperado.
Callum Drift (Dwayne Johnson) já teve dias melhores. Chefe da equipe de segurança do Papai Noel (J. K. Simmons), ele vê sua crença em seu trabalho sendo diluída dia após dia pelo aumento preocupante de nomes na famigerada Nefasta Lista, a tabela onde constam as pessoas que tiveram atitudes reprováveis ultimamente. Após 542 anos de serviços prestados, decide que este será seu último Natal como guarda-costas. Porém seus planos de aposentadoria são abruptamente interrompidos quando o bom-velhinho em pessoa, aqui chamado pelo codinome Das Neves, é levado de sua fortaleza no Polo Norte. A contra-gosto, Callum precisa se unir a um caçador de recompensas especializado em rastrear pessoas, o inescrupuloso Jack O'Malley (Chris Evans), pai ausente e nível 4 na Nefasta Lista, para encontrar o desaparecido a tempo de salvar o Natal.
Trailer
Ficha Técnica
Título Original e Ano: Red One, 2024. Direção: Jake Kasdan. Roteiro: Chris Morgan e Hiran Garcia. Elenco: Dwayne Johnson, Chris Evans, Lucy Liu, J.K. Simmons, Kiernan Shipka, Bonnie Hunt, Kristofer Hivju, Mary Elizabeth Ellis. Gênero: Ação, Comédia, Aventura, Fantasia. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Henry Jackman. Fotografia: Dan Mindel. Edição: Steve Edwards, Mark Helfrich, Tara Timpone. Design de Produção: Bill Brzeski. Direção de Arte: Ravi Bansal. Figurino: Michael Crow, Laura Jean Shannon. Empresas Produtoras: Amazon MGM Studios, Seven Bucks Productions, Chris Morgan Productions, Big Indie Pictures. Distribuição: Warner Bros. Pictures Brasil. Duração: 02h03min.
Orçado em 250 milhões de dólares (1/5 disso só de cachê para o Dwayne Johnson), a produção chega aos cinemas com dois desafios: provar que não é um filme de streaming (apesar de ser) e conquistar o público mostrando que é mais do que um mero punhado de sacadinhas que tentam subverter clichês (apesar de não ser). O longa navega entre o criativo e o genérico. A criatividade se vê na construção do universo da trama que preenche lacunas e propõe modernizações à mitologia natalina clássica, visando tornar mais crível algo que aos olhos cínicos das gerações atuais pode soar infantil demais. Para isso, oferece respostas para perguntas como “por que ninguém sabe onde o Papai Noel mora?” e “como o Papai Noel entrega presentes no mundo inteiro em uma só noite?”. Em uma nação supertecnológica escondida dos olhos do resto do mundo por um domo impenetrável que a torna invisível (uma espécie de Wakanda do Polo Norte), Das Neves e sua equipe trabalham o ano inteiro pra garantir que seu trenó com renas supersônicas distribua brinquedos para crianças por todo o globo. Para isso, contam com o auxílio da M.O.R.A, agência secreta de força paramilitar que protege o mundo mitológico e garante que as lendas não sejam descobertas pela Humanidade.
A produção fez parte da ''Sessão Secreta Cinemark'' no último sábado (04/11) e contou com pré estréias pagas pelo país na quarta-feira (06/11). As salas em sua maioria exibindo o filme dublado.
O grupo é comandado por Zoe, uma Lucy Liu permanentemente sisuda, que parece estar acima das leis. Em determinado ponto há uma menção espirituosa a um método de tortura bastante caloroso: o abraço de um urso polar antropomorfizado que ameaça apertar o personagem ranzinza de Chris Evans até ele revelar segredos que não sabe. Assim como também usam armas paralisadoras para incapacitar inimigos. Além de boas doses de violência à la Marvel: plástica demais pra ser verossímil, realista demais pra ser cartunesca. Enquanto isso, o roteiro apresenta outros elementos natalinos reinterpretados sob uma nova ótica, como bonecos de neve parrudos atirando shurikens de flocos de neve, o anti-Noel Krampus e a bruxa islandesa Gryla (interpretada pela ótima Kiernan Shipka). No papel é tudo incrível, mas é aqui onde a parte genérica de Operação Natal começa a ficar mais evidente. Tirando lugares-comuns esperados de filmes com a mesma temática, o longa peca exatamente nos mesmos lugares que os longas mais recentes de Jumanji: na estética. Com efeitos ora convincentes, ora risíveis, o filme é um mar de cenários e personagens digitais que contracenam com intérpretes de carne e osso. Algumas cenas funcionam perfeitamente, enquanto outras soam meio mal-renderizadas. O excelente trabalho de maquiagem que dá vida ao Krampus interpretado por Kristofer Hivju, por exemplo, destoa bastante da composição gráfica de monstros integralmente digitais.
Com atuações protocolares de Dwayne Johnson e Chris Evans (que parecem estar há anos presos nos mesmos personagens), Operação Natal não dá muito material para Lucy Liu trabalhar, que tira leite de pedra com sua personagem. O Papai Noel maromba de J.K. Simmons também não tem tanto valor quanto esperado, mas se destaca nos momentos em que aparece em tela. Quem brilha mesmo são os vilões: Kiernan Shipka e Kristofer Hivju parecem estar se divertindo a valer com a canastrice de seus papéis. Não exatamente carregado do espírito natalino convencional, mas com boas intenções e referências suficientes ao conceito para funcionar, Operação Natal replica fórmula de outros filmes do gênero numa roupagem que mistura comédia, ação e drama familiar que pode não ser muito complexa narrativamente, mas que é segura e habitual o suficiente para agradar o público médio e quem mais se permitir embarcar nesta jornada de resgate.
Em 1970, Vinícius de Moraes, o Poetinha (ou Vininha, depende do nível de intimidade) lançou a primeira edição de Arca de Noé, um livro de poemas voltado para o público infantil. Uma década depois, veio a dupla de álbuns, que fez ainda mais sucesso que o livro. Musicadas por Toquinho, as poesias ganharam as vozes de estrelas como Chico Buarque, Ney Matogrosso, Elis Regina, Milton Nascimento, Tom Jobim, Clara Nunes, Alceu Valença e atingiram toda uma geração de crianças que cresceu ouvindo músicas icônicas como A Corujinha, O Pinguim, O Leão e O Pato. Infelizmente, Vinícius não chegou a ver a realização desse projeto, pois morreu três meses antes do lançamento do primeiro disco.
Algo semelhante ocorreu com Suzana de Moraes, filha mais velha do Poetinha. Há muitos anos ela vinha idealizando a transformação da obra do pai em um filme de animação e chegou a abordar Walter Salles (Ainda Estou Aqui, 2024) para encabeçar o projeto. Porém, o cineasta indicou o amigo Sérgio Machado (Cidade Baixa, 2005) para tocar o filme. Sérgio acabou co-dirigindo com Alois di Leo (Caminho dos Gigantes, 2016), que já tinha experiência com animação. É uma pena que o filme esteja estreando nove anos após a morte de Suzana, sendo dedicado a ela nos créditos iniciais, além de dar seu nome para uma das protagonistas.
No longa-metragem, que já leva o título de maior animação brasileira de todos os tempos, Noé recebe uma mensagem de Deus e constrói uma arca para embarcar um casal de cada animal, como diz a fábula cristã. Mas esta não é a história do velho pastor e sim de Vini (voz de Rodrigo Santoro) e Tom (voz de Marcelo Adnet, dois ratinhos que são músicos, compositores, amigos inseparáveis e não estão nada felizes com essa história de que apenas um macho e uma fêmea de cada espécie se salvarão do dilúvio.
Crédito de Imagens: Imagem Filmes / Divulgação
A primeira janela de estreia do filme foi na África do Sul em janeiro deste ano, no último mês ele fez parte da ''1ª Mostrinha'', dentro da Mostra de Cinema Internacional de São Paulo e já tem previsão de chegada ao streaming nos Estados Unidos para março do ano que vem.
Depois de resolvido esse problema, vem ainda outro obstáculo: a tirania do leão Baruk (voz de Lazaro Ramos), que quer se apossar de todo o espaço e comida da arca, subjugando os animais menores. O rei da selva ainda tem como aliados os animais mais perigosos à bordo: as hienas (vozes de Babu Santana e Monica Iozzi), as cobras (vozes de Luiz Miranda e Giovanna Ewbank), o urso (voz de Leandro Firmino) e o gorila (Eduardo Sterblitch). Vini e Tom contam apenas com a ajuda da ratinha Nina (Voz de Alice Braga), da barata Alfonso (Gregório Duvivier) e de Meninha Suzana (neta de Noé), voz da atriz mirim Rihanna Barbosa, dado que os demais bichos têm muito medo de Baruk e seus comparsas para tomar alguma atitude.
O elenco que faz a dublagem brasileira reúne tantos nomes de peso que lembra a junção de artistas que os álbuns de 1980 e 1981 conseguiram unir. Para citar apenas alguns nomes, temos Larissa Luz, Heloísa Perissé, Débora Nascimento, Bruno Gagliasso, Lara Garn, Júlio Andrade, Chico César, Edvana Carvalho, Daniel Furlan, Russo Passapusso, Louise D'Tuani, Marcelo Cerrado, Adriana Calcanhoto e Ingrid Guimarães. Seu Jorge fazendo a voz de Deus merece um destaque especial. Ademais, a música tema (A Casa) tem a voz de Mariana de Moraes, neta de Vinicius.
O filme, que é uma coprodução com a Índia, realmente eleva o patamar do que já foi feito até então no Brasil em termos de qualidade de animação 3D. A textura do leão, por exemplo, chama a atenção não apenas por ser bem feita, mas por ter uma personalidade estética única, que remete a um bichinho de pelúcia e traz um visual lúdico semelhante ao das ilustrações que compunham a identidade visual dos álbuns.
Mas nem tudo são flores. A história da obra é tão fraca que quase é capaz de afundá-la por completo. O roteiro dá a impressão de que ainda necessitava de alguns tratamentos antes de ser realizado. Ou então a de que foi mexido tantas vezes que alguns arcos narrativos se perderam. O concurso de canto que é citado na sinopse oficial e que promete ser o centro da história não chega a ser resolvido e parece ser só uma desculpa para inserir mais números musicais sem que se precise inventar um contexto para eles. Além disso, um triângulo amoroso é ensaiado em uma única cena e discutido pelos personagens como se tivesse certo peso, mas não tem o menor desenvolvimento prévio e o assunto também não volta a aparecer. Mas o pior de tudo é a mudança de alinhamento dos vilões que seguem Baruk, que se altera de uma hora para a outra sem qualquer explicação.
A narrativa definitivamente não faz jus aos versos de Vinícius. Mas, felizmente, suas músicas sobreviveram ao tempo e conseguem emocionar quando surgem na tela. Algumas são cantadas pelos personagens, outras têm sua melodia tocada timidamente como parte da trilha instrumental, como é o caso de São Francisco. Arca de Noé, o filme, não é a menina dos olhos que poderia ser. Mas com certeza faz parte do pavimento que vai se construindo para o crescimento nacional no ramo da animação.
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Ficha Técnica
Título Original e Ano: Arca de Nóe, 2024. Direção: Sérgio Machado e Alois Di Leo. Roteiro: Sérgio Machado, com colaboração de Heloisa Périssé e Ingrid Guimarães. Elenco: Rodrigo Santoro, Marcelo Adnet, Alice Braga, Lázaro Ramos, Gregorio Duvivier, Julio Andrade, Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank, Eduardo Sterblitch, Ingrid Guimarães, Heloisa Périssé, Marcelo Serrado, Débora Nascimento, Monica Iozzi, Hiena Fêmea, Babu Santana, Seu Jorge, Chico César, Russo Passapusso, Larissa Luz, Rihana, Edvana Carvalho, Laila Garin, Louise D’Tuani, Guilherme Rodio, Leandro Firmino, Daniel Furlan, Luis Miranda, Adriana Calcanhotto, Céu, BaianaSystem. Gênero: Aventura, animação. Nacionalidade: Brasil e Índia. Trilha Sonora Original: Mario Caldato, Beto Villares, Roberto Schilling, Érico Theobaldo, Fil Pinheiro. Montagem: Marcelo Junqueira. Supervisão Artística: Walter Salles. Direção de Produção: Daniel Greco, Felipe Sabino e Kiran Kurmar Sajja. Direção de Arte: Bruno Gondin Luna. Direção de Animação: Márcio Nicolosi. Produção Executiva: Daniela Antonelli Aun, Gabriela Tocchio, Ana Saito, Pablo. Torrecillas, Daniel Greco, Felipe Sabino, Edward Noeltner e Sumedha Saraogi. Coordenação Internacional: Laura Rossi. Produtores Associados: Suzana de Moraes (in memoriam), Paulo Moraes de Souza Dantas e Rosane Svartman. Coprodução: Daniel Greco e Felipe Sabino. Produção: O. Naresh Kumar, Meduri Kiran Kumar, Maria Carlota Bruno, Walter Salles, André Novis, Caio Gullane e Fabiano Gullane. Produção: Gullane e VideoFilmes. Coprodução: Symbiosys, Globo Filmes, Telecine e Imagem Filmes. Distribuição: Imagem Filmes, em associação com NIP, CMG, VM Cultural. Duração: 01h41min.