terça-feira, 24 de dezembro de 2024

28ª Mostra de Cinema de Tiradentes l de 24 de janeiro a 1º de fevereiro de 2025

 
"QUE CINEMA É ESSE?" É A TEMÁTICA CENTRAL DA 28ª MOSTRA TIRADENTES QUE PRESTA HOMENAGEM À ATRIZ BRUNA LINZMEYER

Evento abre o calendário audiovisual brasileiro de 2025 na cidade histórica mineira entre os dias 24 de janeiro a 1º de fevereiro. A programação é gratuita.
 
A 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes abre o calendário audiovisual de 2025, entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro transformando a cidade histórica mineira na capital do cinema brasileiro e em ponto de encontro entre cineastas, críticos, pesquisadores, profissionais do audiovisual e da cultura, acadêmicos, estudantes e espectadores. Ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil e oferece um ambiente de negócios, de gestação de parcerias profissionais, de inovação e tendências, de interação crítica no cinema. Um espaço de estímulo à novas produções e, ainda de internacionalização do cinema brasileiro.
 
São nove dias de programação gratuita e abrangente que apresenta ao público a diversidade da produção audiovisual brasileira em mais de 100 filmes em pré-estreias e mostras temáticas. Mais que exibir filmes, a Mostra Tiradentes oferece um espaço rico e generoso de formação, apreensão e discussão do cinema brasileiro, realiza a Mostrinha de Cinema, Mostra Valores, promove o 28º Seminário do Cinema Brasileiro, o 3º Fórum de Tiradentes, Rodas de Conversa, Programa de Formação, Conexão Brasil CineMundi, Performances, lançamentos de livros, exposições, shows e atrações artísticas. Destaca e premia filmes eleitos pelo Júri Oficial, Júri Jovem e Júri Popular.
 
"A Mostra Tiradentes mantém sua essência como plataforma de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo e como espaço de inovações e inquietações na cinematografia nacional, discussões sobre as políticas públicas no audiovisual. A cada edição traz novidades com novas abordagens, sessões temáticas, revela novos talentos, provoca novas discussões e apresenta tendências. Tem uma função de destaque na construção de um panorama contemporâneo do cinema brasileiro, refletindo temas sociais, culturais e estéticos da atualidade", destaca Raquel Hallak, coordenadora geral da Mostra de Cinema de Tiradentes.
 
 
TEMÁTICA CENTRAL: QUE CINEMA É ESSE?
 
A cada edição o esforço da Mostra é mapear um conjunto variado e numeroso de filmes, práticas e ideias, conhecer e reconhecer obras dispersas e diferentes entre si que na maior parte dos casos não viria a público de outro modo que não fosse num espaço de festival. A partir de inquietações relacionadas à multiplicidade de cinemas brasileiros, a curadoria do evento adotou para 2025 a temática "Que cinema é esse?".
 
"Existe uma produção numerosa e complexa e é preciso olhar para ela, não só como exercício de contemplação da beleza, do intrigante e da singularidade, mas num esforço de ver e discutir esses filmes, o que, do ponto de vista ético, é contrair responsabilidade pelo que se vê", afirma Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial. "Não é possível construir um novo audiovisual brasileiro ignorando as experiências que já existem, muitas vezes à margem das políticas públicas e em muitos casos apartadas do mercado".
 
Tiradentes se tornou referência por programar um cinema que aposta no processo criativo, na liberdade de expressão e na imaginação de novos mundos. O desafio da temática "Que cinema é esse?" é o de indagar o ponto em que essa produção está agora. "É preciso que o cinema brasileiro se arrisque a fazer perguntas novas, se arrisque a sair do já conhecido, seja na criação dos filmes, na elaboração das políticas públicas e estruturais do setor, na eleição de nossas prioridades, na nossa própria linguagem no debate público e no forjamento das novas ideias".
 
Para o curador, a pergunta da temática estimula olhar uma multiplicidade de produções, muitas vezes desconhecidas ou fora do circuito tradicional. "O cinema não é 'o' cinema, mas 'os' cinemas, compostos por uma dinâmica povoada de olhares, práticas e ideias contrastantes. É necessário preservar e restaurar filmes, fazer pesquisa e crítica, programar obras e formar novos públicos. Tudo isso faz parte do ato de 'fazer cinema', mas é preciso também reconhecer as distinções e hierarquias dentro dessa multiplicidade", diz ele.

Filmes de 13 estados brasileiros estão na seleção de longas e curtas das três mostras competitivas; evento será realizado entre 24 de janeiro e 1o de fevereiro na cidade histórica e com programação gratuita

O Festival conta com algumas mudanças nesta edição. As mostras competitivas Olhos Livres, Aurora e Foco, que reúnem filmes com inovações de linguagem e modos de produção, passam por alterações com objetivo de retomar algumas de suas premissas originais e manter a produção de vanguarda como grande destaque no evento.

Mostra Olhos Livres passa a ser avaliada pelo Júri Oficial enquanto a Mostra Aurora será avaliada pelo Júri Jovem com sessões no fim da tarde. Além disso, a Aurora agora passa a contar com filmes exclusivamente de cineastas em seu primeiro longa-metragem. A decisão reflete mudanças observadas no panorama do cinema independente ao longo dos últimos anos. “Quando a Aurora foi criada pelo curador Cléber Eduardo em 2008, o cenário da produção independente, de baixo ou baixíssimo orçamento, ainda estava se consolidando e buscava identidades. Com o tempo, esse campo ganhou forma e maturidade e modificou as trajetórias de seus realizadores”, explica Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial da Mostra de Tiradentes. 

A Olhos Livres tem se destacado nos últimos anos a exibir filmes que resgatam o espírito original da Aurora, quando a proposta era desbravar novos caminhos na produção autoral. “Muitos desses filmes surgem à revelia das dificuldades econômicas enfrentadas pelo cinema brasileiro e adaptam-se às circunstâncias disponíveis. O cenário revela uma geração de realizadores que muitas vezes iniciaram suas trajetórias há dez anos ou mais e hoje já estão em seus terceiros, quartos ou até sextos longas-metragens. Apesar de se firmarem como jovens veteranos, continuam a apostar na radicalidade inventiva que marca suas obras”, segue o curador.  

Os filmes selecionados para a Olhos Livres em 2025 são “Prédio Vazio” (ES), de Rodrigo Aragão; “A Primavera” (PE), de Daniel Aragão e Sergio Bivar; “Deuses da Peste” (SP/MG), de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado; “O Mundo dos Mortos” (RJ), de Pedro Tavares; “As Muitas Mortes de Antônio Parreiras” (RJ e CE), de Lucas Parente; “A Vida Secreta de Meus Três Homens” (PE), de Letícia Simões; e “Batguano Returns – Roben na estrada” (PB), de Tavinho Teixeira. 

No caso da Aurora, até 2024 a regra permitia a inscrição de até um terceiro longa-metragem de um mesmo realizador, com intenção de acompanhar o desenvolvimento e a evolução de novos autores. “Atualmente, esses realizadores, após o lançamento do primeiro longa, já ganham visibilidade e passam a circular em outros festivais, atingindo notoriedade muito mais rapidamente. Ao chegarem ao segundo ou terceiro trabalho, muitos têm carreiras em andamento e isso tornou necessário repensar os critérios da Aurora para valorizar a ideia de estreia e de novidade”, completa Francis. 

Os selecionados para esta primeira edição da nova fase da Aurora são “Margeado” (ES), de Diego Zon; “Um Minuto é uma Eternidade para Quem está Sofrendo” (SE), de Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro; “Nem Deus é tão Justo quanto seus Jeans” (SP), de Sergio Silva; “Kickflip” (SP), de Lucca Filippin; “Cartografia das Ondas” (RJ), de Heloisa Machado; e  “Resumo da Ópera” (CE), de Honório Félix e Breno de Lacerda. 

A Foco, dedicada a curtas-metragens, mantém o perfil da pluralidade e radicalidade. “Estamos sempre atentos à emergência de expressões sofisticadas de quem está começando pelo curta ou de cineastas experientes que continuam explorando o formato como meio de experimentação e refinamento”, exalta Francis Vogner. Os curtas da Foco este ano são “Não me Abandone” (SP), de Gabriel Vieira de Mello; “Entre Corpos” (AL), de Mayra Costa; “Osmo” (DF), de Pablo Gonçalo; “Estrela Brava” (RJ), de Jorge Polo; “Memórias Despejadas (ou A Enchente Levou Tudo, E Encontraram A Luta)”, de Juliana Koetz (RS); “Trabalho de Amor Perdido” (SP), de Vinícius Romero; “Ver Céu no Chão” (CE e RJ), de Isabel Veiga; “Tamagotchi_balé” (RJ), de Anna Costa e Silva; “Sem Título # 9: Nem Todas as Flores da Falta” (SP), de Carlos Adriano; “HEYARI: Espalhar Fumaça para Fazer Adoecer Colocando Feitiço no Fogo” (SC), de Daniel Velasco Leão; “Jamais Visto” (MG), de Natália Reis; “O Mediador” (BA), de Marcus Curvelo; e “Marmita” (SP), de Guilherme Peraro. 

As três seções competitivas em Tiradentes, embora distintas em seus recortes, dialogam entre si por meio da imaginação criativa e da busca por formas de expressão que surpreendam o público. Para Francis Vogner, o momento atual do cinema brasileiro é propício tanto a essa diversidade quanto à valorização de propostas fora do convencional. “Se em algum momento o novo estava associado apenas ao jovem, hoje entendemos que ele atravessa gerações. Temos esse ano realizadores estreando nos anos 2020 e outros que iniciaram suas trajetórias nos anos 1960, todos movidos pela inquietação e pela vontade de criar algo fora do comum”, reflete. 

As mostras Olhos Livres e Foco são avaliadas pelo Júri Oficial, que escolhe o melhor filme e alguns outros prêmios especiais. Em 2025 os integrantes são Carlos Francisco (MG), ator; Cíntia Gil (Portugal), programadora; Ivo Lopes Araujo (CE), cineasta; Juçara Marçal (SP), cantora e compositora; e Rita Vênus (PE), crítica e curadora. 

Já a Mostra Aurora terá o Júri Jovem, formado por estudantes selecionados numa oficina de crítica de cinema e composto por Clara Prado (SP), Letras, USP; Duds Tuts (MG), Cinema e Audiovisual, PUC Minas; Giulia Belmonte (RS), Cinema e Audiovisual, UFPel; Otávio Osaki (SP), Comunicação Social – Midialogia, Unicamp; e Sofia Carlos (RN), Comunicação Social – Audiovisual, UFRN.
CONFIRA OS FILMES SELECIONADOS: 
MOSTRA OLHOS LIVRES
“A Primavera” (PE), de Daniel Aragão & Sergio Bivar
“As Muitas Mortes de Antônio Parreiras” (RJ e CE), de Lucas Parente
“Batguano Returns – Roben na estrada” (PB), de Tavinho Teixeira
“Deuses da Peste” (SP/MG), de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado
“O Mundo dos Mortos” (RJ), de Pedro Tavares
“Prédio Vazio” (ES), de Rodrigo Aragão
“A Vida Secreta de Meus Três Homens” (PE), de Letícia Simões
MOSTRA AURORA
“Cartografia das ondas” (RJ), de Heloisa Machado
“Kickflip” (SP), de Lucca Filippin
“Margeado” (ES), de Diego Zon
“nem deus é tão justo quanto seus jeans” (SP), de Sergio Silva
“Resumo da Ópera” (CE), de Honório Félix e Breno de Lacerda
“Um Minuto é uma Eternidade para Quem está Sofrendo” (SE), de Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro
MOSTRA FOCO
“Entre Corpos” (AL), de Mayra Costa
“Estrela Brava” (RJ), de Jorge Polo
“HEYARI: espalhar fumaça para fazer adoecer colocando feitiço no fogo” (SC), de Daniel Velasco Leão
“Jamais Visto” (MG), de Natália Reis
“Marmita” (SP), de Guilherme Peraro
“Memórias Despejadas (ou A Enchente Levou Tudo, E Encontraram A Luta)”, de Juliana Koetz (RS)
“Não Me Abandone” (SP), de Gabriel Vieira de Mello
“O Mediador” (BA), de Marcus Curvelo
“Osmo” (DF), de Pablo Gonçalo
“Sem Título # 9: Nem Todas as Flores da Falta” (SP), de Carlos Adriano
“Tamagotchi_balé” (RJ), de Anna Costa e Silva 
“Trabalho de Amor Perdido” (SP), de Vinícius Romero
“Ver Céu no Chão” (CE e RJ), de Isabel Veiga
 
 
HOMENAGEM À ATRIZ BRUNA LINZMEYER

                                                                                       Crédito: Clara Cosentino / Universo Produção

Em 2024, a atriz Bruna Linzmeyer estrelou os longas ''Baby'', de Marcelo Caetano, ''Cidade; Campo'', de Juliana Rojas, e o curta ''Se Eu Tô Aqui É Por Mistério'', de Clarissa Ribeiro.


Em 2025, a Mostra homenageia a atriz Bruna Linzmeyer, um dos nomes mais representativos de sua geração. Com uma carreira marcada pela coragem e versatilidade, Bruna transita entre o cinema independente e produções televisivas de grande alcance. Nascida em Santa Catarina, começou sua trajetória artística aos 16 anos, quando se mudou para São Paulo para estudar teatro. Estreou na televisão em 2010, na série "Afinal, o que Querem as Mulheres?", de Luiz Fernando Carvalho, e acumula papéis marcantes em novelas como "Gabriela" (2012), "Amor à Vida" (2013) e "Pantanal" (2022).
 
No cinema, Bruna tem uma filmografia significativa, com filmes como "Medusa" (2023), de Anita Rocha da Silveira, e "Cidade; Campo" (2024), de Juliana Rojas. Para além dos longas, a sua filmografia chama a atenção por uma substantiva presença de filmes de curta-metragem, coisa rara para uma atriz já consagrada. Ela atuou em "Alfazema", de Sabrina Fidalgo (2019), "Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui", de Eri Sarmet (2021, melhor curta da Mostra Foco da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes) e "Se Eu Tô aqui é Por Mistério", de Clari Ribeiro (2024, selecionado para a Mostra na 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes).
 
A homenagem a Bruna Linzmeyer celebra não apenas sua trajetória como atriz, mas também o engajamento com um cinema inventivo, poético e provocador. "Ela não só é uma atriz talentosa, mas uma mulher de seu tempo, que se vincula às lutas e à criação de uma arte do prazer e da rebeldia", diz Francis Vogner dos Reis. "Artista de coragem e escolhas assertivas, Bruna soma carisma rebelde, uma fotogenia rara e um talento mutante a cada projeto que faz".
 
Além da presença de Bruna Linzmeyer, a Mostra vai promover um recorte de títulos com a atriz para ser exibido ao longo do evento em formato presencial e na plataforma online. Dentre os títulos, estão: "O Vento Frio que a Chuva Traz", Neville d'Almeida; "Baby" (2024), Marcelo Caetano; "Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui" (2021), Eri Sarmet; "Se Eu to Aqui é por Mistério" (2024), Clari Ribeiro; e "Alfazema" (2019), Sabrina Fidalgo.
 
 
SOBRE A MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES
PLATAFORMA DE LANÇAMENTO DO CINEMA BRASILEIRO
 
Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país e chega a sua 28ª edição de 24 de janeiro a 1º de fevereiro de 2025, em formato online e presencial. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais – uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

O evento exibe mais de filmes brasileiros em pré-estreias nacionais e mostras temáticas, presta homenagem a personalidades do audiovisual, promove seminário, debates, a série Encontro com os filmes, oficinas, Mostrinha de Cinema, Fórum de Tiradentes, Conexão Brasil CineMundi e atrações artísticas. Toda a programação é gratuita. Mais informações www.mostratiradentes.com.br

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Acompanhe o programa Cinema Sem Fronteiras 2025.
Participe da Campanha #EufaçoaMostra
No Instagram@universoproducao No YoutubeUniverso Produção
No X (Antigo Twitter)@universoprod No Facebookmostratiradentes / universoproducao
No LinkedInuniverso-produção
 
SERVIÇO
28a MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES | 24 de janeiro a 1º de fevereiro de 2025 | PROGRAMAÇÃO GRATUITA
LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA
Patrocínio: CBMM, ITAÚ, EMBRATUR
Parceria Cultural e Educacional: INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL, CASA DA MOSTRA
Apoio: PREFEITURA DE TIRADENTES
Idealização e realização: UNIVERSO PRODUÇÃO
MINISTÉRIO DA CULTURA - GOVERNO FEDERAL| UNIÃO E RECONSTRUÇÃO

Um comentário:

Pseudokane3 disse...

Tem alguém na equipe nesta seleção, uhuuuuuu! Este festival promete - e cumprirá!

Postar um comentário

Pode falar. Nós retribuímos os comentários e respondemos qualquer dúvida. :)