Um conto de fadas que vai além da polarização global social e política.
Nascida da tradição oral alemã, a fábula “Branca de Neve” (Schneewittchen) passava de geração a geração e sofria naturalmente as modificações da oralidade. Os Irmãos Grimm fizeram um compilado que foi publicado, juntamente com outras histórias, entre os anos de 1817 e 1822. A verdadeira origem desta fábula é desconhecida e pode ter sido na Idade Média. Entretanto, a versão dos Irmãos Grimm tornou-se a mais conhecida.
A clássica história foi um dos primeiros longa metragens da história do cinema mudo. Lançado em 1916, a produção conta com direção de J. Searle Dawley, com Miss Marguerite Clark e Dorothy Cumming nos papéis principais. Branca de Neve foi também uma das primeiras animações dos Estúdios Disney - o clássico “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), de William Cottrell, David Hand e Wilfred Jackson, (disponível no Disney+) e marcou a infância de muitas gerações. Impossível não ter alguma memória afetiva embalada por canções como “Heigh-Ho” ou “Whistle While You Work”.
No decorrer do tempo, a narrativa foi se adequando às exigências sociais e aos valores de cada época histórica, incorporando novas facetas, extraindo ou modificando aquilo que não mais seria aceitável. Chegou-se a um ponto em que o texto deixou de ser um mero entretenimento infantil e passou a ser uma forma de transmitir valores, mensagens e lições de moral. Rodeado por um turbilhão de notícias polêmicas e discussões acaloradas, chega nesta quinta-feira, 20 de março, aos cinemas brasileiros mais uma releitura do clássico conto de fadas. Repaginado, modernizado, atualizado! Tudo isso visando conquistar o público atual, mais exigente e crítico, e trazer boas lembranças a audiência que cresceu assistindo aos clássicos.
Desta feita, teremos a versão musical, um live-action dirigido por Marc Webb, conhecido por dirigir vídeos para as bandas Evanescence, Green Day, My Chemical Romance, entre outras, além de diretor de ''O Espetacular Homem-Aranha'' (2012) e diversas séries e filmes. O roteiro é assinado por Erin Cressida responsável pelos scripts de '' Homens, Mulheres & Filhos'' (2014). No elenco: Rachel Zegler (Branca de Neve), Gal Gadot (Rainha Má), Andrew Burnap (Jonathan), Ansu Kabia (Caçador) e Patrick Page (Espelho Mágico), entre outros.
Nascida da tradição oral alemã, a fábula “Branca de Neve” (Schneewittchen) passava de geração a geração e sofria naturalmente as modificações da oralidade. Os Irmãos Grimm fizeram um compilado que foi publicado, juntamente com outras histórias, entre os anos de 1817 e 1822. A verdadeira origem desta fábula é desconhecida e pode ter sido na Idade Média. Entretanto, a versão dos Irmãos Grimm tornou-se a mais conhecida.
A clássica história foi um dos primeiros longa metragens da história do cinema mudo. Lançado em 1916, a produção conta com direção de J. Searle Dawley, com Miss Marguerite Clark e Dorothy Cumming nos papéis principais. Branca de Neve foi também uma das primeiras animações dos Estúdios Disney - o clássico “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), de William Cottrell, David Hand e Wilfred Jackson, (disponível no Disney+) e marcou a infância de muitas gerações. Impossível não ter alguma memória afetiva embalada por canções como “Heigh-Ho” ou “Whistle While You Work”.
No decorrer do tempo, a narrativa foi se adequando às exigências sociais e aos valores de cada época histórica, incorporando novas facetas, extraindo ou modificando aquilo que não mais seria aceitável. Chegou-se a um ponto em que o texto deixou de ser um mero entretenimento infantil e passou a ser uma forma de transmitir valores, mensagens e lições de moral. Rodeado por um turbilhão de notícias polêmicas e discussões acaloradas, chega nesta quinta-feira, 20 de março, aos cinemas brasileiros mais uma releitura do clássico conto de fadas. Repaginado, modernizado, atualizado! Tudo isso visando conquistar o público atual, mais exigente e crítico, e trazer boas lembranças a audiência que cresceu assistindo aos clássicos.
Desta feita, teremos a versão musical, um live-action dirigido por Marc Webb, conhecido por dirigir vídeos para as bandas Evanescence, Green Day, My Chemical Romance, entre outras, além de diretor de ''O Espetacular Homem-Aranha'' (2012) e diversas séries e filmes. O roteiro é assinado por Erin Cressida responsável pelos scripts de '' Homens, Mulheres & Filhos'' (2014). No elenco: Rachel Zegler (Branca de Neve), Gal Gadot (Rainha Má), Andrew Burnap (Jonathan), Ansu Kabia (Caçador) e Patrick Page (Espelho Mágico), entre outros.
Trailer
Ficha Técnica
- Título Original e Ano: Snowhite, 2025. Direção: Marc Webb. Roteiro: Erin Cressida Wilson. Elenco: Rachel Zegler, Gal Gadot, Andrew Burnap,Andrew Barth Feldman, Tituss Burgess, Martin Klebba, Jason Kravits, George Salazar, Andy Grotelueschen, Jeremy Swift, Ansu Kabia, Patrick Page, . Gênero: Live-action, Adaptação, Fantasia, Conto de Fadas, Romance. Nacionalidade: Estados Unidos da América. Trilha Sonora Original: Jeff Morrow. Fotografia: Mandy Walker. Edição: Sarah Broshar e Mark Sanger. Design de Produção: Kave Quinn. Direção de Arte: Niall Moroney. Figurino: Sandy Powell. Empresas Produtoras: Marc Platt Productions, Walt Disney Studios, Walt Disney Pictures, The Walt Disney Company. Distribuidora: Walt Disney Studios Brasil. Duração: 01h49min. CLASSIFICAÇÃO: 10 anos.
A trama segue a linha
do clássico conhecido iniciando com a explicação do nome escolhido para
a bebê real. Branca de Neve veio ao mundo em um dia de forte nevasca.
Enfatiza-se o fato dela ter sido criada por pais amorosos e atentos, que
lhe passaram bons exemplos, preparando-a para um dia assumir o trono e
ser uma soberana justa, autêntica, que olharia para seus súditos com
sabedoria e justiça. Um mundo ideal, “onde as coisas boas crescem” e
tudo é dividido entre o povo, como as tortas de maçã que ela aprende a
fazer. Aqui já se nota a primeira mudança na narrativa. Não se exibe
mais uma jovem princesa à espera do príncipe encantado que a fará feliz
para sempre. Branca de Neve é protagonista de sua história, apesar de já
ter seu destino pré definido. Mas tudo muda com a morte de sua
mãe, a rainha. O novo casamento do pai traz à história uma bela mulher,
interesseira, que só valoriza a beleza exterior, não respeitando os
direitos do povo e suas necessidades básicas. Para ela “beleza é poder”. O
reino entra em crise. Os artistas de rua que antes alegravam as praças
agora se veem obrigados a roubar para não morrer de fome. Neste
contexto, Branca de Neve conhece Jonathan. Ela, aparentemente, uma
simples serviçal da rainha, ele um ladrãozinho barato roubando comida e
lutando em nome de um rei justo e bom. O encanto é mútuo.
Outra
mudança na narrativa, eles se apaixonam, algo perfeitamente aceitável.
Ele não é “o príncipe encantado que rodou o mundo à procura de sua
escolhida, para tomá-la sem seu consentimento”. O sentimento da inveja continua presente na narrativa. A rainha quer destruir a beleza que lhe impõe concorrência. Branca
de Neve foge para a floresta e encontra a casinha onde vivem sete
criaturas mágicas com centenas de anos de vida. Tudo que eles tocam se
transforma em pedras preciosas. Mais uma vez, visando não
reforçar estereótipos, os sete anões da versão original aqui são
espécies de gnomos da floresta elucidados por cgi. E diga-se de passagem,
muito convincentes. Os gnomos são bem fofos semelhantes àquelas
estatuetas de jardim e Dunga (voz de Andrew Barth Feldman) ganha o coração do público.
Como última tentativa, a Rainha se utiliza da maçã envenenada que apenas adormece Branca de Neve. A cena da transformação da Rainha em bruxa é sensacional. Jonathan, apaixonado, beija sua amada, supostamente morta, como uma prova de amor. A trama tem um toque de romance, mas não passa aquela premissa do amor romântico ideal e único. Essa nova versão traz uma jovem mulher que descobre sua força e se empenha para se tornar aquela líder justa que seus pais a fizeram acreditar que seria.
Como última tentativa, a Rainha se utiliza da maçã envenenada que apenas adormece Branca de Neve. A cena da transformação da Rainha em bruxa é sensacional. Jonathan, apaixonado, beija sua amada, supostamente morta, como uma prova de amor. A trama tem um toque de romance, mas não passa aquela premissa do amor romântico ideal e único. Essa nova versão traz uma jovem mulher que descobre sua força e se empenha para se tornar aquela líder justa que seus pais a fizeram acreditar que seria.
Esta é a terceira adaptação da narrativa de Branca de Neve durante os anos 2000, sendo as outras ''Espelho, Espelho Meu", de Tarsem Singh, e Branca de Neve e o Caçador, de Rupert Sanders, ambos os filmes foram lançados em 2012.
Os cenários abusam das cores azul, amarelo com toques
sutis de rosa, criando um visual bem alegre. Quanto a rainha má, seu
figurino abusa do preto, marinho e roxo. Um arraso! As canções estão a cargo de Benj Pasek e Justin Paul (Aladdin, de Guy Ritchie, lançado em 2019 e outros) e só poderiam estar maravilhosas. Raquel Zegler incorpora a personagem e entrega canções melodiosas, cercada dos animaizinhos mais fofos do mundo.
Disney trouxe de volta a magia e o encanto das fábulas de outrora, com um ar moderno e atual.
Vale o ingresso!!
Avaliação: Quatro tortas de maçã (4/5).
HOJE NOS CINEMAS
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