O diretor Steven Soderbergh e o roteirista David Koepp conseguiram algo que há tempos não acontecia. Entregaram um thriller de espiões que consegue prender a atenção do início ao fim e que surpreende a cada cena. Isto porquê quando se trata de filmes sobre espionagem já nos vem à mente cenas de violência, ação e explosões fantásticas. Mas não neste caso. Esta produção assemelha-se a um jogo de cartas, com movimentos inteligentes e blefes que realmente enganam o espectador.
Michael Fassbender é o agente da inteligência britânica George Woodhouse casado com a também agente Kathryn St Jean, vivida por Cate Blanchett. A relação sensual entre eles é permeada por pequenos combinados, por assim dizer, que permitem algumas mentiras necessárias e omissões convenientes. Tudo sob o codinome: Black Bag. Ele recebe a missão sigilosa de identificar entre cinco nomes pré definidos quem está traindo o País. Um artefato bélico denominado Severus, de extremo poder destrutivo, caiu em mãos erradas e alguém de dentro do sistema facilitou tudo. George terá uma semana para descobrir o envolvido. A contagem regressiva se inicia. Entre os suspeitos estão - Freddie Smalls (Tom Burke) e Clarissa Dubose (Marisa Abela), um casal perigo. samente em crise no relacionamento. O Col. James Stokes (Regé- Jean Page) e a terapeuta Dr Zoe Vaughn (Naomie Harris). Seria uma investigação corriqueira se não fosse o caso da quinta suspeita ser, nada mais nada menos, que a própria Kathryn. Sendo que todos são agentes bem treinados que sabem usar suas habilidades para criar situações intrigantes e contraditórias.
Arthur Stirglitz (Pierce Brosnan) dá as rédeas do jogo. Seria Kathryn uma agente dupla? Afinal, ela demonstra um poder de jogo surpreendente, no qual até adultera as quantidades de suas medicações para manipular os dados de sua terapeuta. E como o exímio agente George, que odeia mentiras, irá lidar com a possibilidade da própria esposa ser uma traidora? A química do casal é permeada por mentiras necessárias e traições aceitáveis, num jogo sensual de gato e rato que deixa uma grande dúvida no ar: a lealdade ao relacionamento supera o amor à nação?
Crédito de Imagens: © 2025 Focus Features, LLC. All Rights Reserved.
O roteiro de ''Black Bag'' título original da produção é de David Koeep, responsável pelo texto do clássico noventista ''Missão impossível'' (Brian De Palma, 1996)
O longa iniciou sua saga de estreias na Bélgica e tem sua última janela na Suécia, somente em maio. Foi rodado em Londres, capital do Reino Unido, e em Zurique, na Suíça. A Focus Features adquiriu a produção para distribuição nos Estados Unidos ainda no inicio deste ano, já em alguns países da América Latina, a Universal Pictures lança o filme nos cinemas.
Carmem Cuba montou um elenco diverso e altamente perfeito. Muitos dos atores, aliás, tem conexão com a franquia ''James Bond'' como Pierce Brosnan, que interpretou Bond de 1995 a 2002, Naomi Harris que interpretou Eve nos filmes Skyfall (Sam Mendes,2012), Spectre (Sam Mendes, 2015) e Sem Tempo Para Morrer (Cary Joji Fukunaga, 2021) e Marisa Abela que participou de Spectre, mas não recebeu créditos. Ademais, Michael Fassbender e Regé-Jean Page
são dois dos atores cotados para viver Bond em suas próximas aventuras do espião.
A agência britânica NCSC (Centro Cibernético Nacional de Segurança) é uma agência do governo que existe na realidade e foi concedido ao elenco uma reunião confidencial com os membros.
Trailer
Ficha Técnica
- Título Original e Ano: Black Bag,2025. Direção: Steven Soderbergh. Roteiro: David Koepp. Elenco: Michael Fassbender. Cate Blanchett, Tom Burke, Pierce Brosnan, Gustaf Skarsgård, Kae Alexander, Martin Bassindale, Bruce Mackinnon, Paul Bailey. Gênero: Espionagem, Drama, Thriller. Nacionalidade: Estados Unido da América. Trilha Sonora Original: David Holmes. Fotografia e Edição: Steven Soderbergh. Design de Produção: Philip Messina. Direção de Arte: Adam Squires. Figurino: Ellen Mirojnick. Empresas Produtoras: Focus Features e Casey Silver Productions. Distribuidora: Universal Pictures Brasil. Duração: 01h33min.
Diálogos
bem criados, trilha sonora e cenários enigmáticos conduzem o público
através de uma narrativa dinâmica e envolvente. Cate Blanchett está
belíssima e elegantérrima como uma boa agente da monarquia. A atriz acerta em cheio e é a cereja do bolo na produção.
O final surpreende e as descobertas se dão com o caminhar da jornada, que é imperdível.
Avaliação: Três pratos bem temperados com massala (3/5).
Em Exibição nos Cinemas
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