A animação australiana Deu Preguiça (título nacional), dirigida pela estreante Tania Vincent, ao lado de Ricard Cussó (Combat Wombat: Back 2 Back, 2023), segue a história da família de preguiças que, após perder a casa no interior, tem que se mudar para a cidade grande para recomeçar. Com uma animação bonita, personagens simpáticos e uma história fácil, o tempo passa voando enquanto assistimos as preguiças.
Laura não sabe o que quer ser, mas sabe que não quer ser uma cozinheira como a mãe. A garota é a preguiça mais rápida de sua família e está entrando na adolescência onde a busca do ''eu'' se torna uma constante. Gabriella, sua mãe, vem sofrendo com alguns esquecimentos, que, a princípio, parecem não dizer nada, mas esconde um medo maior. Luis, o pai, é ligado à natureza e à família, ama dançar e tenta apoiar os familiares da melhor forma que pode. Mani, o irmão mais velho, está em crise criativa, antes ele amava desenhar, mas passa a ter dúvidas do seu talento. Após uma forte chuva, eles perdem a casa onde moram e se mudam para a Cidade Santuário para recomeçar a vida.
Acontece que, o modelo de negócios da família demanda um preparo lento da comida, Laura então, busca informações com a maior rede de fast food da região, Zoom Fuel, da chita Dotti Pace, que vê nas receitas da família, uma solução para seus problemas financeiros. Em meio a isso, Laura se vê pressionada por seus parentes, que não deixam ela se divertir com as novas amizades por ter que ajudar no restaurante.
Crédito de Imagens: Eclectik Vision e Like A Photon Creative /Imagem Filmes/Divulgação
A produção ganhou sessões antecipadas de pré estréia por todo o Brasil antes do carnaval
O filme conta com as vozes originais de atores e atrizes como Teo Vergara (Laura), Olivia Vasquez (Gabriella), Benjamin Gorroño (Luis), Facundo Hache Herrera (Mani) e Leslie Jones (Dotti Pace); com dublagem brasileira de Tontom e Heloísa Perissé, que são mãe e filha dentro e fora das telas.
O início do filme é um pouco truncado, os personagens são apresentados, a dinâmica é mostrada, mas falta tempero. A história ganha fôlego mesmo quando eles chegam na Cidade Santuário, a busca de Laura e o drama da mãe são assuntos muito interessantes, mas que não são tão bem trabalhados. Na busca de rotular o filme como para todas as idades, os realizadores fugiram de alguns aprofundamentos que seriam interessantes. Trabalhar o esquecimento de Gabriella, como ela usa o livro de receitas como um conforto, para se conectar com a família que ela tinha e se aproximar da família que ela tem.
A animação é linda, mas o som pode incomodar, a trilha sobe e desce de forma inconstante e isso acaba fazendo com que o filme perca parte da força em determinados momentos. Diverte por sua trama simples e bem contada, contudo, aparenta ter medo de dar um passo a mais na construção de seus personagens e de todo o arco narrativo. Animação pode conter dramas bem construídos, esse fica no quase.
Trailer
Título Original e Ano: The Sloth Slane, 2024. Direção: Tania Vincent e Ricard Cussó. Roteiro: Ryan Greaves, Erica Harrison e Tania Vincent. Vozes Originais: Leslie Jones, Remy Hii, Olivia Vásquez, Teo Vergara, Dan Brumm, Ben Gorroño, Facundo Hache Herrera, Matteo Romaniuk, Thalia Colettis, Benjamin Gorroño, Andrew Cook. Dublagem Brasileira: Heloísa Perissé e Tontom. Gênero: Animação, Aventura, Família. Nacionalidade: Austrália. Trilha Sonora Original: Sam Gain-Emery, Ben Stewart e Thom Kellar. Diretor de arte: Nathan Geppert. Edição: Josef Switak. Departamento de Animação: Rebecca O'Brien. Gerenciamento de Produção: John Templeton Macdonald. Produção: Kristen Souvlis, Nadine Bates e Ryan Greaves. Empresas Produtoras: Eclectik Vision e Like A Photon Creative. Distribuição: Imagem Filmes. Duração: 01h30min.
Avaliação: Três receitas sem sabor (3/5).
13 de Março nos Cinemas
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