Drop: Ameaça Anônima, Christopher Landon

 
A viúva Violet (Meghann Fahy) teve um casamento conturbado com seu primeiro marido Blake (Michael Shea) e é uma mãe altamente protetora de Toby (Jacob Robsinson). A experiência traumatizante da vida real a faz cuidar de pessoas que também foram vítimas em relações abusivas como Terapeuta em casos especiais. A mulher tem conversado com o simpático fotógrafo Henry (Brandon Sklenar), há alguns meses, e finalmente aceita sair em um encontro com o homem. A irmã Jen (Violett Beane) acaba sendo chamada para ser a babá do garotinho e chega também para o auxilio de guarda-roupa de Violet sugerindo que esta última use algo mais sexy. Ao chegar no local, um restaurante no alto de um prédio e com uma bela vista, a elegante e bela louraça é abordada por vários homens no salão, entre eles, o galã misterioso Connor (Travis Nelson), o alegre Richard (Reed Diamond), que também está ali para um encontro, e o pianista do lugar, Phil (Ed Weaks). A recepcionista Cara (Gabrielle Ryan) também conversa com Violet enquanto Henry não chega. Minutos se passam e o rapaz adentra o restaurante. Os dois são levados para uma mesa próximo ao canto pelo garçom espevitado Matt (Jeffrey Self).
 
Constrangidos, Violet e Henry tentam trocar as primeiras conversas olho no olho e ambos parecem encantados com a presença do outro, contudo, algo muito enigmático começa a acontecer e a Terapeuta verifica que está recebendo mensagens no app de aproximação ''digiDrop'' de alguém que está por ali. A principio, ignora, mas quando o estranho ameaça a vida do seu filho e tem informações como seu nome e com quem ela está na mesa, a mulher se desespera e inicia um jogo forçado para salvar a família, enquanto tenta lidar com os pedidos recebidos e que tem total intuito de prejudicar Henry.
 
Drop: Ameaça Anônima estreou no  e tem levantado interesse de público na internet para conferir o longa nos cinemas. No Brasil, e em muitos países, ele estreia esta semana, mas sua última janela acontece só ao fim do mês na Indonésia. 

              Crédito de Imagens: © 2025 Universal Studios. All Rights Reserved.
Com produção de Jason Blum e Michael Bay, o longa foi rodado em estúdios na Irlanda

A edição inteligente de Ben Baudhuin faz o espectador conhecer o passado de Violet aos poucos. Assim, a principio, a terapeuta ganha uma carga de ''assassina'', mas os fatos não se revelam em um primeiro olhar e a película pede que a audiência preste mais atenção para perceber que os acontecimentos do passado vão se revelar. Logo, se descobre que os ocorridos com o marido abusivo e como o incidente em que os dois brigavam a deixou marcas, todavia, ela faz de um tudo para que o pequeno Toby tenha uma infância saudável. Para se curar, a personagem decide não ter relações por um tempo e quando conhece Henry decide ir devagar. Por fim, os dois se conhecem, mas ela é posta em uma situação de vida ou morte e é neste curto período de tempo do encontro em que todo o filme acontece e se resolve.
 
O crescente da agonia de assistir Violet sofrendo ameaças para prejudicar Henry, ou ainda as dúvidas que vão se criando sobre o rapaz e, além disso, sobre todos que estão no restaurante, fazem as uma hora e quarenta minutos de filme valerem muito à pena. O roteiro de Jillian Jacobs e Chris Roach entrega algumas conveniências, mas nada que prejudique o caminhar da tensão entre a perseguição que se dá. Temos personagens exagerados ao extremo como o garçom Matt ou o Pianista fora do comum e ainda o misterioso Connor e os detalhes entregues instruem quem assiste a pensar quem ali pode estar tentando contra Henry e deixando Violet tão ouriçada. Os escritores revelam que a ideia para o filme surgiu de um encontro em que a companheira do produtor executivo Sam Lerner, Olivia Sui, teve. A mulher  começou a receber ''memes do Shrek'' de alguém desconhecido via app ''AirDrop'' (disponível para telefones Apple). Apesar de engraçada, a situação era muito estranha e acabou gerando frutos.

A atuação de Meghann Fahy é acertada e Brendan Sklenar consegue manter a calma com as loucuras que vê até certo ponto. O roteiro faz uma brincadeira meio intrigante com o nome do ex da personagem de Fahy que remete ao último filme que Brendan trabalhou (É Assim que Acaba, 2024). Visto que a atriz Blake Lively era sua parceira de cena e acabou processando o diretor do longa, Justin Baldoni, por inúmeras queixas de abuso e a internet trouxe à tona como a atriz também tem um comportamento indelicado. Aqui o personagem Blake, vivido por Michael Shea, é um homem abusivo. 
 
Trailer 

Ficha Técnica
 
  • Título original e ano: Drop, 2025.  Direção: Christopher Landon. Roteiro: Jillian Jacobs e Chris Roach. Elenco: Meghann Fahy, Brendan Sklenar, Violett Beane, Jacob Robinson, Reed Diamond, Gabrielle Ryan, Sarah McCormack, Jeffery Self, Ed Weeks, Michael Shea, Fiona Browne. Gênero: Thriller, Whodunit, Mistério, Drama. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Bear McCreary. Fotografia: Marc Spicer. Edição: Ben Baudhuin. Design de Produção: Susie Cullen. Direção de Arte: Aisling O'Callaghan. Figurino: Gwen Jeffares Hourie. Produtores: Jasom Blum, Michael Bay, Brad Fuller. Empresas Produtoras: Blumhouse Productions, Platinum Dunes e Wild Atlantic Pictures. Distribuidora: Universal Pictures Brasil. Duração: 01h40min.
Se você acha que não conhece o trabalho de Christopher Landon, repense um pouco. O diretor é responsável pelos ótimos e a ''A Morte Te Dá Parabéns 2'' (2019) e ''Freaky no Corpo de Um Assassino'' (2020). Com uma vasta experiência em suspense, Landon equilibra bem os tons de Drop (título do filme em inglês) e consegue listar mais uma ótima produção no currículo.
 
Avaliação: Três drinks de tensão (3/5).
 
HOJE NOS CINEMAS

Escrito por Bárbara Kruczyński

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